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10 dicas para ser um melhor Roleplayer

Buenas, galera!

Na mesma linha dos primeiríssimos artigos no 4d6, hoje nós iremos falar sobre Roleplaying. A arte de interpretar seu personagem é essencial para qualquer RPG, e muitos jogadores encontram sérias dificuldades em se colocar no lugar de seus personagens. Aqui estão 10 dicas para te ajudar a superar essa barreira:

  1. Faça, não conte. Você tem aquela crônica de personagem de 16 páginas e está pronto para trazer seu personagem à vida? Perceba que nem uma única palavra do que está escrito na sua crônica vale qualquer coisa se você não agir de acordo com ela. Você é um comerciante ambulante que gosta de inventar histórias mirabolantes sobre os objetos que você vende? Então saia por ai e faça alguns negócios! Seu personagem tem dificuldade para interagir com pessoas pois passou muito tempo isolado? Tenha interações sociais e mostre suas dificuldades, não simplesmente saia para um canto da sala e ignore todo mundo!As ações do seu personagem são a base de tudo que os outros personagens irão achar dele. Ninguém vai ler sua crônica ou sua mente, então faça, não conte. Mostre a personalidade e a história do seu personagem através de suas ações.
  2. Tenha uma história. Todo personagem que se preza tem uma história. Não estou dizendo que você precisa fazer a tal crônica de 16 páginas, detalhando sua vida desde o dia que nasceu até o dia atual, mas sempre detalhe eventos notáveis na sua vida, principalmente aqueles que formaram o seu personagem. Pense na personalidade do seu personagem, e então se pergunte: “Por quê ele é assim?”, e assim que você tiver a resposta, coloque-a na sua história.Uma história te conta muitas coisas, e inclusive te mostra como o personagem agiria em certas situações. Saber isso é crucial para poder interpretá-lo corretamente.
  3. Descreva suas ações. Isso é algo que eu já falei bastante sobre, mas que merece ser repetido: Descreva o que seu personagem está fazendo! Falar apenas: “Eu me movo dois quadrados e ataco.” é entediante e faz tudo parecer um jogo. Quando nos reunimos pra jogar RPG, é puro escapismo. Estamos nos colocando no lugar de seres épicos em um mundo incrível, então por quê qualquer um de nós gostaria de ser lembrado que estamos apenas jogando um jogo?Descreva seus movimentos de ataque, suas reações à algo chocante, os pensamentos de seu personagem. Tudo isso ajuda a manter uma ótima atmosfera narrativa, e acredite que todos na mesa irão agradecer.
  4. Evite os termos técnicos. Se tem algo que não falta em RPGs são termos técnicos. Role habilidade, teste de resistência, acerto crítico, classe de armadura, deslocamento, atributos… Cada vez que esses termos são ditos na mesa, ela perde um pouco da magia. É claro, é quase impossível fazer uma sessão sem usar nenhum termo técnico, mas durante cenas de interpretação, evite ao máximo usar termos técnicos, e ao invés disso, descreva o que você está fazendo de forma que o mestre possa entender suas intenções.Por exemplo, se você está conversando com um NPC particularmente suspeito e gostaria de tentar saber se ele está falando a verdade, ao invés de falar para o mestre: “Eu quero rolar Sentir Motivação”, pegue o seu d20 e diga ao mestre: “Hmm, essa conversa me parece meio suspeita, quero saber se ele está realmente falando a verdade ou só tentando me enganar.” Fácil de entender, e mantém o clima da cena.
  5. Preste atenção. Toda vez que um jogador puxa um celular, Asmodeus mata um gatinho. Além de ser extremamente ofensivo ao mestre, que provavelmente trabalhou duro na campanha, aquele cara também sempre acaba sendo o cara que, quando chega a vez dele de agir, pergunta: “Perai, o quê aconteceu mesmo?”, e acaba com toda a imersão da cena.Prestar atenção é literalmente uma das coisas mais fáceis que qualquer jogador pode fazer, lá em cima com “respirar” e “manter uma temperatura corporal na faixa dos 37°”, e garante que você sempre consiga imediatamente dar continuidade à cena se chegou a sua vez de participar.
  6. Vire seu personagem. Se o seu mestre for como eu, ele gosta de mudar a voz para diferentes NPCs. Afinal, seria complicado para meus jogadores acreditarem que eles estão falando com uma mulher se tudo que eles ouvem é minha voz máscula e sexy. Dê uma voz ao seu personagem, e use-a sempre que você falar como ele. Você nem precisa mudar totalmente sua voz, mas no mínimo torne-a compatível com a personalidade do personagem. Um personagem supostamente animado e curioso não vai ser bem representado pela voz de um padre em um funeral.Além da voz, gestos e maneirismos vão longe para dar mais vida ao seu personagem. Um personagem com uma personalidade forte e explosiva irá ser muito bem interpretado se acompanhado com gestos dignos de um pizzaiolo italiano discutindo com o assistente.
  7. Falhar é bom. Fracasso é algo com que muitos jogadores tem dificuldades de lidar, porém fracasso também te da a oportunidade de explorar mais o seu personagem, e planejar mais o seu futuro.”Por quê eu não consegui abrir aquela fechadura? Será que eu preciso treinar mais?” é um exemplo de um momento onde fracasso pode levar à uma mudança no personagem, e qualquer coisa que faça seu personagem evoluir é um sucesso por si só.
  8. Siga o fluxo. Uma das coisas mais importantes que você pode fazer para melhorar suas habilidades de interpretação é seguir o fluxo, e construir em cima do que acabou de acontecer, ao invés de tentar impedir. Imagine que você é um personagem muito diplomático, interrogando um membro de um culto maligno. Você também tem um companheiro esquentado e sem paciência, clássico cenário “Good Cop, Bad Cop”. O personagem esquentado perde a paciência e o jogador declara que ele vai dar um soco na cara do cultista. Não tente impedir que isso aconteça. Deixe acontecer e então continue de onde parou. Impedir outros jogadores de realizarem ações resulta em absolutamente nenhum avanço.Isso é exatamente a regra do “Sim, e…” que já foi discutida em um artigo anterior. Em improvisação, a regra é que você sempre deve aceitar as novas informações que outra pessoa adicionou, e então construir em cima disso com suas próprias informações.
  9. DO IT! JUST DO IT!. Personagens passivos que simplesmente “estão lá” adicionam muito pouco à história, e limitam a própria esfera de influência.Pare de se preocupar com “e se isso der errado?” e faça. Em todo momento você deve estar pensando em como o seu personagem pode contribuir com a cena atual, e então DO IT!
  10. Você é e não é seu personagem. Quando você está na mesa, você deve ser o seu personagem. Você precisa pensar como ele e agir como ele, e ao mesmo tempo você tem que ter em mente que você e seu personagem são diferentes. Muitos jogadores acabam se confundindo, e agem mais como si mesmos do que como seus personagens. Essa é uma pequena porém importante distinção, e é mais importante ainda que você saiba exatamente como o seu personagem é diferente de você.Sempre mantenha isso em mente: Se o seu personagem não for diferente de você, você não está interpretando, você está apenas sendo você, e você já tem sua vida inteira pra isso. Seja outra pessoa, pelo menos por algumas horas, durante esses ótimos momentos onde você e seus amigos se reúnem para explorar outro mundo.

3 comentários em “10 dicas para ser um melhor Roleplayer”

  1. Uma dúvida bem comum é como adequar o nível de dificuldade aos jogadores. Comecei uma nova campanha fazem umas quatro semanas, e puta que pariu. Eu nunca vi jogadores tirarem rolagens de dados tão altas quanto esses. Eu, como mestre, não irei enfraquece-los de propósito, porém sinto dificuldade em trazer um desafio para meu grupo. É comum eu aumentar a vida dos adversários para pelo menos prolongar o combate para mais longe do que 2 golpes, ou as vezes mesmo um. O problema é que isso fica chato, visto que um goblin com 30 de vida fica esquisito para porra, se é que você me entende. Entretanto, tenho medo de pegar desafios de nível alto demais e eles acabarem morrendo de maneira idiota. Além das rolagens de dados altas, estes não são jogadores iniciantes, então boa parte já leu uma caralhada razoável de livros e consegue fazer um personagem muito bom.

    Outra dúvida é como manter o grupo unido, caso eles não consigam ficar unidos. Em geral, eu os obriguei a escolher uma tendência base e só poder variar uma casa dela. (Eles escolheram NN) Depois disso eu os fiz escolher entre bom e mal, e então todos eles escolheram bom. Então todos os jogadores só poderiam escolher as tendências neutro bom, neutro neutro e leal neutro. De qualquer jeito, NN sempre é dor de cabeça, porque eles tem a tendência de não fazer nada o jogo inteiro, e cair fora quando o pescoço deles começa a ser ameaçado.

    Alguma dica?

    1. Companheiro Mestre para deizar as lutas. Mais emocionantes Vc nem precisa aumentar o nível dificuldade . Vc da preparação aos inimigos exemplo eles podem usar de furtividade. Terreno elevado . Túneis . Escuridão. Névoa . Terreno difíceis como lodo ou areia . Monstros. Com efeitos. São mais perigosos como venenos paralisia e etc

  2. Pingback: PVP na mesa. Sim ou não? | 4d6

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